Vamos ver a relação entre as proteínas e a perda de peso. Entenda de que forma a dieta hiperproteica pode contribuir para a perda de peso e mudança de composição corporal em pacientes com excesso de peso.
O excesso de peso mostra-se um grave problema de saúde público. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2020, o sobrepeso já atinge 60,3% dos brasileiros (o que representa 96 milhões de pessoas), e a obesidade chega a 25,9%, afetando 41,2 milhões de adultos.1
E não para aí: a lista de doenças que têm como fator de risco o excesso de peso é grande, e aumenta os riscos de morbidade e mortalidade – veja a seguir algumas delas: 1
– Doenças cardiovasculares
– Hipertensão arterial
– Doenças hepáticas
– Diferentes tipos de câncer (ex.: mama, reto e cólon)
– Problemas renais
– Dores nas articulações
Desta forma, estratégias que auxiliem a perda de peso devem ser consideradas pelos profissionais nutricionistas para contribuir no processo de emagrecimento e promoção de saúde.
As proteínas e a perda de peso
Dentre as intervenções nutricionais existentes, muito tem se falado sobre o papel das proteínas no emagrecimento. Assim, veja abaixo alguns dos mecanismos de ação propostos para a ação das proteínas no gerenciamento de peso, e quais os resultados os estudos têm demonstrado ao utilizar dietas hiperproteicas.
EFICÁCIA DE DIETAS HIPERPROTEÍCAS NA PERDA DE PESO
Abaixo você pode conferir alguns dos principais achados de estudos que avaliaram a relação de dietas com alto teor de proteínas, quando comparadas a dietas com o mesmo valor calórico, porém com menor quantidade de proteínas: 2
- Maior perda de peso
- Maior redução de gordura corporal
- Diminuição da perda de massa magra durante o processo de emagrecimento
Considerando a prática clínica, os estudos apontam que a proporção de proteínas em dietas que atingiram tais resultados foi de 22 a 45% do valor calórico diário. 2
MECANISMOS DE AÇÃO: PROTEÍNAS X PERDA DE PESO
Visto tantos resultados positivos, os pesquisadores investigaram as possíveis formas de ação envolvidas. Apesar de ainda não haver consenso, alguns mecanismos foram propostos, sendo eles: 2
- EFEITO NA SACIEDADE: a proteína parece ajudar a promover a sensação de saciedade. Prova disso são os estudos que apontam uma menor ingestão calórica entre os participantes que seguiram uma dieta hiperproteica.
- EFEITO TERMOGÊNICO: ao contrário de carboidratos e lipídeos, que podem ser estocados no organismo, as proteínas precisam ser metabolizadas, e por isso, exigem uma série de reações metabólicas (como reações de síntese proteica, síntese de ureia e neoglicogênese) que demandam energia (calorias) do corpo. Estudos ainda demonstram que o efeito térmico causado pelas proteínas é de 20 a 35% do conteúdo energético ingerido, enquanto o efeito térmico dos carboidratos fica entre 5 e 15%.
MECANISMOS DE AÇÃO: PROTEÍNAS X COMPOSIÇÃO CORPORAL
Além da redução de peso corporal, dietas hiperproteicas também mostraram-se eficazes na mudança de composição corporal, com redução de porcentagem de gordura, e manutenção de massa magra. Para esse efeito, foram propostos os seguintes mecanismos de ação:
- Manutenção das concentrações dos hormônios tireoidianos T3 e T4 durante o processo de perda de peso
- Menor resposta de insulina devido à menor quantidade de carboidratos presentes na dieta (o que pode levar ao estímulo à lipólise)
- Preservação da massa magra durante o processo de emagrecimento
É importante mencionar que ainda não existe um consenso sobre essa proporção, nem sobre o melhor tipo de proteína a ser utilizado. 2
No entanto, em um contexto de alimentação equilibrada, é importante preconizar a utilização de proteínas de alto valor biológico, encontradas em alimentos como ovos (clara do ovo), carnes e leite. 3
Assim, pode-se afirmar que a atenção ao perfil proteico da dieta que visa a perda do peso é essencial na prática clínica.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- Ministério da Saúde. Promoção da Saúde e da Alimentação Adequada e Saudável. Disponível em https://aps.saude.gov.br/ape/promocaosaude/excesso. Acesso em Março/23.
- Pedrosa RG, Junior JD, Tirapegui J. Dieta rica em proteína na redução do peso corporal. Rev. Nutr. 2009; 22(1):105-111.
- Waitzberg, DL. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na prática clínica. 5ed. Rio de Janeiro: Editora Atheneu, 2017.